
O recreio pode ser também um
local de atividades pedagógicas e lúdicas. Veja como acontece em duas
escolas e um projeto de recreio dirigido para implantar em sua escola.
Nos poucos minutos de pausa entre as
aulas, os professores têm a oportunidade de tomar um café e os alunos de
se alimentar e deixar transbordar toda a energia acumulada durante as
horas sentados em sala. É para isso que serve o recreio, certo? Não só. O
intervalo na rotina também é uma ocasião pedagógica. “A escola é um
ambiente educacional e todos os momentos devem ser aproveitados como
situações de ensino”, diz Gisele Franco de Lima Santos, professora do
Departamento de Estudos do Movimento Humano da Universidade Estadual de
Londrina (UEL) e autora de Jogos Tradicionais e Educação Física (208 págs., Ed. Eduel, tel. 43/3371-4000, 40 reais).
Longe de ser improdutivo, portanto, o
período diário em que as crianças e os adolescentes interagem com os
colegas de turmas e anos diversos e estão livres para escolher o que
fazer é uma ótima oportunidade para trabalhar com eles valores como
respeito aos diferentes quereres e senso de cuidado com o material e o
espaço de uso comum, além de promover a autonomia.
A reclamação de muitas escolas, porém, é
que, justamente por estarem livres e sem a supervisão de um
profissional, os alunos entram em conflito e se machucam em correrias no
pátio. Era o que ocorria há alguns anos na EMEB Basiliano do Carmo de
Jesus, em Sinop, a 477 quilômetros de Cuiabá. A solução encontrada para
resolver o problema não foi simplesmente diminuir o tempo da pausa ou
aumentar a fiscalização. “Com a equipe gestora, tivemos a ideia de fazer
um intervalo dirigido, com a oferta de jogos e brincadeiras para as
crianças”, conta Élia Amaral do Carmo Santos, professora dos anos
iniciais do Ensino Fundamental. Entre as opções disponíveis, estão
modalidades de tabuleiro, de futebol de botão, amarelinha, corda e
cantigas de roda.
Quando bate o sinal, os estudantes têm
alguns minutos reservados para a alimentação e, depois, ganham autonomia
para escolher de qual atividade querem participar no pátio ou na
quadra, onde funcionários e bolsistas do Programa Institucional de Bolsa
de Iniciação à Docência (Pibid), supervisionados por Élia, os aguardam.
Como a escola recebe alunos do 1º ao 7º
ano, a equipe se preocupa em preparar propostas que agradem a todos os
gostos. “Os maiores e os menores não têm os mesmos interesses. Os jogos
de mesa, como xadrez e dama, são queridos pelos mais velhos, enquanto os
novos preferem bola, corda e cantigas”, conta Élia.
Considerar as preferências é algo que
pode ser feito em todas as etapas, da Educação Infantil ao Ensino Médio.
“O cuidado é planejar algo prazeroso e que atenda as expectativas de
determinada faixa etária”, diz Gisele. Ela acredita que até alunos da
Educação de Jovens e Adultos (EJA) podem participar de intervalos
dirigidos, desde que os interesses deles sejam levados em conta.
O resultado da implantação do projeto na
escola mato-grossense foi avaliado como satisfatório. Se por um lado a
agitação e os conflitos diminuíram, por outro aumentou a socialização e o
respeito entre os alunos. Também houve ganho na organização dos
materiais, com os estudantes participando mais ativamente, e na
ampliação do repertório de jogos e brincadeiras (…) Siga o link do
projeto completo abaixo:
PROJETO DE RECREIO DIRIGIDO- Por Profª VâniaFonte: http://atividadesparaprofessores.com.br/
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